quinta-feira, 11 de março de 2010

Para Alexandre Malta

Assim, me despi de olhares
que sozinha inventei.
E me fiz em mil pedaços
para então me encontrar.
Vesti luas incertas
Trilhei ruas estranhas
Sofri horas sem conta
Pra ouvir teu murmurar
Sorvi teu doce encanto
e guardei dentro do peito
Vivi a imensidão
de um único olhar.
E hoje somos nós
assim, bem como um
E não há abraços loucos,
nem risos, nem sonhos,
que traduzam nosso amar.




O VENTO PRODUZ SONS ESTRANHOS

O vento produz sons estranhos
Parecem reclamar de algo
Só a lua é testemunha
do meu desencanto.
Grossas gotas de cristal
atravessam minha face
E sozinha me pergunto
que sonhos sussura o vento
Que segredos se escondem
entre os galhos retorcidos
da árvore que geme e dança?
Que mistérios se encontram
entre sombras que se movem
e minha alma não alcança?
O vento produz sons esntranhos.
Sons soturnos
Indecifráveis

3 comentários:

  1. Bem... O poema para o Malta, nem há muito o que falar... É simplesmente encantandor, de uma ternura e profundidade que só quem conhece sabe...
    Quanto ao poema "O Vento...", caramba! Me tocou profundamente. É um poema que absorve, que nos leva, que nos sussura... Não sei explicar!!
    Enfim, adorei; como sempre, escrevendo maravilhosamente bem, Taly!!
    Beijo

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  2. Realmente o vento tem sons estranhos, e indecifraveis

    belo poema

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  3. desculpa invadir assim o blog...
    mas são muito bons seus poemas, de verdade.
    a calma com que você conduz as imagens e as metáforas é encantadora.

    parabéns pelos dois poemas!

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